Desenvolvimento econômico do Brasil

Lembro-me dos anos do “milagre brasileiro”, na década de 70. Era adolescente e, mesmo a filosofia da época sendo ‘primeiro aumentar o bolo para depois distribuí-lo’, experimentei os efeitos benéficos da fase. Foi nela que iniciei, aos 15 anos, minha vida de trabalhador remunerado. Ainda que sob ditadura e visão social a meu ver equivocada, algumas migalhas caíram da mesa…

Hoje vivemos um novo momento de crescimento econômico e o bolo está sendo dividido junto com ele. Em partes ainda pequenas, muito menores do que desejamos e necessitamos, mas seus benefícios podem ser percebidos. Desejamos que assim continue e se amplie até que os sinais de justiça social na área de distribuição de renda brilhe intensamente.

Nesse período de férias, almoçando na casa de uma família dinamarquesa, o hospedeiro destacava que a Dinamarca é uma grande classe média. Há problemas, como em qualquer meio humana, mas não se constituem o que chamamos de “problema social”. Ainda em 2009, quando a crise mundial dava os primeiros sinais, o parlamento dinamarquês decidiu que o Estado investiria em obras estruturais para aquecer a economia e manter empregos. Hoje há grandes obras sendo realizadas em cada canto por onde se passa.

Dizia também que os níveis baixíssimos de corrupção favoreciam o desenvolvimento econômico do seu país. Atuando numa empresa multinacional que está iniciando suas atividades em São Paulo, já estava bem informado deste entrave ao desenvolvimento do Brasil. O triste é que todos sabemos disso, mas preferimos tirar nossa “casquinha”, em vez de lutar para removê-la.

Diversos são os entraves ao mais rápido, sólido e profundo desenvolvimento do país. As deficiências na infraestrutura, nas estruturas institucionais e na qualificação técnico-educacional da população estão entre as mais citadas. Pouco se fala do perfil ético-moral que caracteriza parcela significativa de nossos dirigentes e da nossa passividade diante dele.

Qualquer grupo que deseja desenvolver-se, precisa não somente fazer um diagnóstico adequado da realidade, mas dispor-se a implementar o que for necessário para atingir seu objetivo. Se queremos ver o desenvolvimento econômico do Brasil, que busquemos conhecer sua realidade, os obstáculos a serem vencidos e, não somente agir em seu raio de influência e conhecimento, mas também unir-se a outros, inclusive de áreas diferentes, na busca de soluções que beneficiem a todos e não somente uma parcela dominante.

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